30 de novembro de 2015

Hoje para o ontem

Quantos amanhãs serão necessários
para suportar tantas vezes o hoje
que não quis de todo ir embora
para o nunca mais. E se rumina,
no dia seguinte
e no dia seguinte ao dia seguinte
e no dia...

Até ser enfim passado
e não termos nenhum futuro pela frente
até estarmos mesmo cansados
passados para trás por esse presente.

E então não teremos leis e obrigações
morais,
e então seremos livres nas ações
e por medo não faremos nada
mais.

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