13 de fevereiro de 2016

Meu bem, melodia da maré...

Meu bem, cansei tanto de te ouvir,
mas a tua boca eu ainda beijaria,
meu bem, ai de mim, o que seria
da minha vida se eu não pudesse fugir?

Meu bem, até que você tem um corpinho sensual,
uma bela morena, aquele sorriso bonito,
meu bem, eu, sujeito todo esquisito,
não posso morrer na praia, nesse mar sem sal.

Meu bem, não nasci para ser de alguém,
menos ainda de uma mulher tão controlada,
meu bem, não é que você ainda não entendeu nada,
um homem que se preze não vive sem:
sexo, amor, café e liberdade.
E um gole de mentira. Eis a verdade.

Meu bem, digo, tire a roupa e vem pra cama,
mas, só de pensar nisso tu reclama.
Assim vai acabar sozinha, acabar sozinha,
acho melhor, meu bem, tu cair na minha,
e abrir mão de toda e qualquer santidade.

Meu bem, sou mesmo ateu e à toa,
porém foi Deus que me quis desse jeito,
se tu quiser, toco blues, o tempo voa,
vem que te devoro com extremo respeito.

Meu bem, morena tentadora, se me cobrasse menos
Meus sentimentos jamais sumiriam.
Quando entender que viver a vida não é pecado
meu bem, vai ser tarde para estar ao meu lado.

Meu bem, que minha já não é,
foi, foi embora com a maré,
e o mar me trouxe a solidão
doce e poética solidão.
 

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