14 de janeiro de 2018

Que pensar?



Sim, pensativo. Recusando, negando,
e, depois, cabisbaixo, relutando ao que sei fato.
Contrariando, defasando, a própria resolução;
talvez por conforto, talvez por reclusão.
O sei fato. O sei verídico. O sei em miúdos.

Que pensar? Não há nisso qualquer sobressalto,
é mais do mesmo remoído e re-ssentido.
É prova de fraqueza e de elementar bravura.

Um segundo. O suficiente.
Para que volte a ser poeira cósmica
todo eu e toda gente.

Para que volte e, voltando, seja fogueira,
para não cometer outra vez
a mesma ou outra besteira.

Ou fogo de palha,
retorna leve
e não se espalha.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente. Sempre é conveniente.