Tempos que digo muito
tempos que nada digo
não é meu intuito
do verbo ser mendigo,
a natureza selvagem
dos avanços tão modernos
desloca-me para
a margem
dos poemas, dos cadernos,
e, então, controlado pelas garras
impedido de ficar quieto
pelo som constante das araras
morro, só, no meu deserto
de palavras escritas
de inquietações, infinitas,
e o resto, enfeite
de feitos e deleite?
quem sabe, eu repita,
o silêncio que insista.
"E o resto é pra enfeitar"
?
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