1 de setembro de 2018
Tronco de árvore
Natural que não se sinta
obrigada a sorridente ser
que lamente e repita
que não vale a pena reviver,
um barco que se fura
deixa em pânico a embarcação
águas turbulentas, uma loucura,
a atravessar-te o coração,
em tudo que há, um pouco dela?
a porta aberta te parece uma cela?
voa, voa? quer ficar, quer ficar.
A noite a dominar suas dores
o dia a alimentar o que não se espera.
Perda. A distância dos atores.
Vai-se, esvai-se, tudo o que antes era.
Que passe, natural; a vida tem dessa,
levar o que faz bem com toda pressa.
Minha amiga,
escrevo pela dificuldade
em saber descrever algo que ajude
e que traga serenidade,
meus versos
que fiquem imersos
em ti, em nós, pessoas de carne, osso e sentimento:
escrevo com sinceridade.
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