Do teu sincero abraço, entre palavras
que não estou acostumado a ouvir, me arrepia
todo o existir, desse universo tão perfeito
tão caótico, tão vulgar, tão poético,
de um jeito que não sei te explicar.
Do teu sincero beijo, doce, tão doce
com profunda amargura, só de pensar...
sei, que não faço os melhores versos
que não sou dos melhores trovadores
que não sei me expressar tão bem, tão bem
que não deixo de me preocupar quando devo
que não esqueço o que tenho que esquecer
que o dia me enlouquece com tanta luz.
Do teu sincero olhar, entre braços e pernas
que se encontram em uma outra dimensão.
Meu dizer, tão vago e tão nulo, até certo ponto,
me assombra por te assombrar, e não sei explicar
os motivos que me causam calafrios.
Teu dizer, tão singelo e tão ácido, até certo ponto,
tão breve e tão eterno, como folha
de primavera, de caderno, de haicai,
me enlouquece, de forma simples.
Do teu sincero jeito, todo sem jeito,
tão raro, tão seu.
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