30 de abril de 2018

O copo de café revelou



Tudo em mim, uma decadência
esperando a sonoridade da gaita
o ruído nas ruas, já sem paciência.

A luz, incomoda; a poesia, ainda mais,
antes considerava dádiva a escrita
hoje meus versos urbanos são rurais.

A solidão, companheira, alegra,
os olhares desatentos e despercebidos;
a alma, sozinha, a dor carrega.

Uma multidão de desesperados
olhando nas telas de seus celulares
(cuidado, estão em todos os lugares).


Tudo em mim, é queda.
E, para não piorar,
vou deixando que fique
na mesma merda.
 

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