O copo de café revelou
Tudo em mim, uma decadência
esperando a sonoridade da gaita
o ruído nas ruas, já sem paciência.
A luz, incomoda; a poesia, ainda mais,
antes considerava dádiva a escrita
hoje meus versos urbanos são rurais.
A solidão, companheira, alegra,
os olhares desatentos e despercebidos;
a alma, sozinha, a dor carrega.
Uma multidão de desesperados
olhando nas telas de seus celulares
(cuidado, estão em todos os lugares).
Tudo em mim, é queda.
E, para não piorar,
vou deixando que fique
na mesma merda.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente. Sempre é conveniente.