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e ser ávido pelo viver, por acaso, não seria masoquismo suficiente? A labuta diária, alienando a carcaça do meu corpo, não basta? É preciso sufocar. É preciso a agonia da indiscrição que está sempre na cara, no nariz. É preciso sufocar o sufoco, até. Fingir demência em relação ao estrago dos minutos.
E ser ávido pelo viver. Ser a ti mesmo, impessoal. Quem é este? Nem a mim me sei. É preciso se assujeitar enquanto oculto aos próprios fatos. Não descreva, não analise as variáveis de seu contexto, deixe fluir, deixe ignorar-se. E ser ávido pelo viver.
É.
Até onde a ironia nos leva m esmo?
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