Na batalha exaustiva do sono, os demônios,
seres de luz - e não de trevas como dizem - agridem
o pensamento oscilante entre o sonho e o real.
O ser se debate, em parte por não ser o todo,
e outra parte pelo vazio alastrado na alma.
Então, na valsa marginal da madrugada, os comuns repousam
os cães fazem guarda e os loucos metamorfoseiam-se em poetas.
Então, no enxofre da melancolia, tristeza lunar,
os homens da segunda-feira blues fingem dor,
e, realmente caro leitor, sentem-na profundamente. Sentem.
Assim, eis o caos psíquico dos seres noturnos
que lutam, não descansam, pregam no verbo o cansaço
dos dias, das horas que quer desaparecer. Todas.
Como morcegos, mas ao invés de sangue, se embebem
na sôfrega paciência (impacientes),
cervejas, cafés, e goles de vinho.
O sono, a ausência dele. Esquizofrenia
causada pelo ritmo frenético da vida sem sentido
(e cheia deles).
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