Tomo gosto pelas coisas estranhas:
pelo louco que acredita em duende
pelo outro que exalta o decadente
pelas narinas, pés, riscos, entranhas.
Admiro a ociosidade, o morango
que devoro e devora meus sentidos
os livros já não tão lidos
o som do experimental e do tango.
Me esquivo das normas, me distancio
daquilo que vejo cheio, quero vazio.
Nisso, também meus sentimentos
se vão, mas não meus intentos.
Como se o esquisito
fosse ficando bonito
com tons elegantes
de um cinza monótono.
Em poucas palavras
a falta de objetivo
tem sido um objetivo
alegre, risonho,
e fosse assim indispensável
para me considerar
vivo.
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