O ócio é a atividade mais negligenciada pelo contexto social em que vivemos. E é no ócio que notamos isso. A exigência é a de sempre se comportar visando determinados objetivos e metas. Quanto banalidade! A vida é um leque de ócios, todos eles admiráveis.
Para efeito dessa observação, é válido esclarecer que não existe o ócio enquanto comportamento de não se comportar. Oh não, isso é outra banalidade. O ócio é mais para uma arte de se dispor a não planejar nenhum movimento a não ser o de esperar que pessoas, assuntos, pensamentos, além de observações, ocorrerão/virão pela simples relação de aprofundamento de estar parado. Daí se observa certo processo. É quase impossível a existência de um ócio que não gere assuntos relevantes ou pensamentos altamente especializados. E por quê? Bem, a simples não concorrência com outras fontes de estimulação possibilita que poucas variáveis sejam extremamente relevantes, além de não se ter do que fugir ou do que se esquivar, como ocorre em sala de aula com uma matéria absurdamente chata e trivial.
O ócio é sensibilidade da pessoa.
Só quem se permite o ócio consegue viver bem e sentir assim. Ainda que essa observação só seja possível (para a maioria) quando observando as diferenças de quem tem o ócio como prática e de quem não tem a longo prazo.
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