Tome meus pesadelos como presente. Cuide deles, como se fossem reais. Talvez ressurja uma gota de esperança em solo árido e insensível. Os meus sonhos, estes, são frágeis. Ao menos, são recorrentes e lentos. Há neles uma sensibilidade a longo prazo. Há em meus pesadelos, o imediatismo de nossos porões sociais.
Pasmem.
As vezes um haicai é eterno, e um soneto, falcão a soterrar céus.
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