28 de novembro de 2018

Olhares analíticos




Pequena observação
Esses meus olhos fundos
O espaço vago, e tédio,
Uma sutil distração e um aceno.
Ao lado, descansa o companheiro.
Do outro, riem os papagaios.
Nas costas, parede.
Na frente, um docente afirma
algo sobre o pai ser representado pelo cavalo.

Na minha mochila
tem café amargo
ideia genial para controlar
o consumo excessivo de cafeína.

Queria saber desenhar
desenhar-te
desdenhar-te
desde a arte
até ao bom dia.

Seu olhar não é profundo
o suficiente. Encanta
mas não mantêm tal feito.

Vai da história de vida.
Vai das contingências de reforçamento
anteriores aos meus frequentes passos
cotidianos em solo burguês, da época
de curso técnico,
de café por cinquenta centavos tomados
em torno das dez da noite, ao lado de pavões,
e aquela Lua que nunca se sentiu
tão bem.

Quando é que o poema termina?

5 comentários:

  1. Heh. Comigo o café tá tem açucar há anos, e só fez quadruplicar o consumo.
    E sobre o xadrez, quando voltaremos a duelar, caro blogger vizinho?

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    1. Como andas?
      Perdi o contato com a conta anterior do Lichess, então criei outra, o link é: https://lichess.org/@/Gianndre

      adiciona lá e vamos jogar!

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    2. Acabei de lhe seguir lá, segue de volta para ficar mais fácil um desafiar o outro para os duelos em alta velocidade!

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  2. O poema nunca termina, meu caro (antes nos deixasse em paz), mas também nunca nos satisfaz, nos completa.

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    1. A última parte é que delineia bem: nunca nos satisfaz...

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