1 de dezembro de 2018
Uma continuação dos últimos versos após 1644 dias
Não encontro silêncio em local algum
nem em alto mar nem na garrafa de rum
a tristeza toma conta, embriaga meu olhar
sou um homem sem rumo, sem céu, sem lar
Viajo entre meus dias, ultimamente muito menos
ambulante, como era até o ano passado.
Me compreenda, correr demais deixa cansado,
gente velha - como nós - quer poemas serenos
Se ando sorrindo, é tanto disfarce
quanto o que tem a minha volta
caminho com quem não realce
a cara pálida, amarela e morta
Meu amigo, não encontro em nada
mas sei onde se resguarda a quietude,
sei bem, e fico entre a cruz e a espada:
quando é que tomarei a devida atitude?
...
[é, tenho sido como onda do mar
tenho brincado de ser a maré
um momento isto há de me levar
a quem Lua sempre é]
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