Vulgar. Qualquer resposta sobre a morte é vulgar.
Prometer ao cego sua visão, ao miserável, o pedaço de terra.
Vulgar. Usufruir da ignorância dos pecadores.
Prometer a salvação, a saliva, o alívio da dor que não encerra.
Grosseiro. Fingir conhecimento das trevas e da luz.
Aqui não se paga, aqui não se faz; aqui, se sofre.
Grosseiro. Espiar a culpa e ampliar o peso da cruz.
Roubar a esmola ao mendigo e fingir-se nobre.
Repudiável. Tirar proveito da amargura.
Como se houvesse salvação, como se houvesse um amanhã.
Repudiável. Dizer que o fim também é cura.
Como se o corpo apodrecesse para que a alma se dê por sã.
Sob os olhares de E. A. Poe é que vos escrevo. |
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