Caverna de sentimentos
A lua - vagarosamente - domina os olhos
cheia, enche também quem admira,
quem mira fundo e mira se perder - vagarosamente.
Mas no céu tem nuvens
e são cinzentas; como a segunda-feira
que vem enevoar-nos.
Os carros aceleram - vorazmente - motos devoram silêncio
com o escapamento; não escapa nem lamento.
Anunciam que não existem noites ao homens.
A lua - novamente - domina os olhos;
uma cerveja, duas cervejas, turvo movimento.
Uivo sua ausência: ecoa em mim, caverna de sentimentos.
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