12 de julho de 2019

"Conciliação" pragmatista entre eus (II)



Desfazer-se e ser de si, um mero ouvinte.
Na avenida, me observo sendo aquilo que nem sei.
Definir-se? Algo complicado e de pouca precisão.
"Comum". Essa é a palavra que gostaria de ouvir.
Um amigo disse que ser "medíocre" é o ápice.
Sempre concordei. A média basta.

Mas sempre tem o lado egoísta, o lado voraz,
insatisfeito com o de sempre. E sempre tem
o lado egoísta que quer suicidar o lado egoísta.
Deseja sufocar, aos poucos, a parte que sente algo.
Mas, soltando os dedos, deixa respirar no último segundo.
No fundo, sabe que não deve manter um lado só da moeda,
pois ela deixa de ser uma moeda.

E tem a parte que concilia tudo,
que, desgastada, se põe ao trabalho.
Serrote nas mãos.
De início, parece derrubar a árvore...
Tesoura de poda.
Ornando, em movimentos, seus traços.
E lá está, diminuída, simples, mas em pé,
a árvore com seus novos traços.

Analogias e metáforas, bem,
isso nunca foi meu forte.



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