Detalhes, o hoje o mesmo ontem,
sem notar vivo esse ciclo vicioso,
e viverei até que se desmontem:
a alma, o músculo e o osso.
Desperto com o mesmo timbre
que me despertava a manhã passada,
Mi espíritu no más es libre,
não se contenta mais com nada.
E pouca importa a árdua solidão
pois estou cercado de gente,
sigo a valsa, dançando indiferente
pois, que me importa então?
Detalhes, meros detalhes,
indiferentes os olhares
que cercam-me de vazio,
no noticiário dizem que podemos ser donos do nosso destino
mas em seguida noticiam as desgraças nos jornais
vivo essa minha velhice no corpo de um menino,
dizem que sou estranho, mas os que dizem não são normais.
Me contento em conter-me
em ler-me nas expressões inexpressivas,
viver os mesmos dias sempre previsíveis
reinventar a mesmice.
Vida: vazio e poesia
ego e fantasia
rima e
ponto final.
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