12 de novembro de 2015

As penas e as pernas

fica apenas
as penas
da ideia,
depenado o sujeito
sem jeito
de dizer ou de calar.

fica somente
a semente
do ideal não dito,
tempo maldito
que anoitece
o poema.

fica o sonho
o sono
e o redemoinho
demônio
no meu caminho.

fica, será mesmo
que fica?
ou trupica
na palavra?

fica a noite
para não dormir
para escrever
conversar com o silêncio
embriagado
com vinho e solidão.

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