"Odeio porque não posso amar"
todas as palavras do dicionário
são doces mas são o contrário
recalcam as dores agudas do luar,
quasi-besoin, na margem do pesadelo
todos os demônios brincam de ciranda
e tocam harpa, flauta e violoncelo:
a minha alma sempre é a varanda.
Odeio porque não posso amar.
A neblina atormenta meu cemitério
e quando no espírito o mistério
a mente começa a dispersar.
Quando é a angústia que se perpetua
os rios se banham e aos poucos secam
a sede voraz que na poesia atua.
Odeio porque agora, não quero amar,
e já próximo o navio, não do cais
mas próximo do caos, belo porto.
E do inverno. Que inverno, amor?
Ich hasse weil ich nicht lieben kann,
verachte dich und frag mich warum du so bist.
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