27 de novembro de 2016
Um ano, ou um século.
(Ela)-
Vai, deixa estar, siga seus passos,
abra mão dos infortúnios causados pela felicidade constante (rotina)
e se entregue aos fortuitos desejos de tua infantilidade masculina.
(Ele)-
Pois, que escolha tenho, entre abandonar-me
ou te abandonar? Não abro de minha essência, ainda que ácida
e amarga, ainda que tosca e inquieta. Mas saiba que te quero bem.
(Ela)-
Sei que voltarás, e, ao ressurgir o verso na tua veia
poeta, e ele irá retornar, pois não se foge do próprio
poema.
(Ele)-
O poema é que corre do autor.
O autor corre do amor.
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