1 de outubro de 2017

Cara, que poesia estranha, mas gostei



Não escrevo mais sobre amor, noto o assunto com ressalvas
da vez que amei a pessoa, briguei com a filosofia que ela tinha.
Coisa estranha, brigar...
ainda que na tv isso seja aplaudido.
Aliás, quanto tempo faz? já vai pra anos, não lembra?
tudo era euforia e contentamento, até a igreja me estuprar, de novo.
Vou lavar meus pecados, mas não vai ser na máquina, nem de lavar, nem do tempo.

Bom dia! Eu pensava. Fiz versinhos novos para você rasgar.
E sorria, tonto que era, feliz que fui, em direção nenhuma.
Aprendizagem?
Por acaso sou pedagogo?
Tenho cara de quem quer ver a vida ensinar algo?
Fiquei com vontade de falar palavrão, mas sou comportado.

Não escrevo mais sobre o amor, ele é uma puta,
não, putas sabem amar. Só não dizem.

Poesias românticos são trágicas, são belas falsas folhas de rosto.
É sim, um demônio a me assombrar. Um pedaço de carne podre,
mas, oh, como desejo não desejar, se pudesse, arrancaria memórias
como quem queima poemas antigos.

Valores tradicionais confrontam as possibilidades
dão sentido para a medíocre existência.
Eu só queria não querer, queria me contentar

mas não, noto o assunto com ressalvas
só não as tenho.

2 comentários:

  1. É, gostei. E não achei estranho. O único verso que não me soou bem foi o do lance da máquina de lavar. Sobre as putas, elas dizem meu caro, ah se dizem. Só que as putas sabem que amor custa caro, tão caro que não se compra, mas se aluga.
    "J"

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    1. Talvez tenhamos o gosto pelo estranho como algo comum, daí o fato de não ler com estranheza.
      Gostei da reflexão, "se aluga", daria um belo texto.

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