7 de junho de 2016

Drama



Dia do dia qualquer e do dia nenhum,
não quero nada, só quero o nada,
nem vida, nem sonho, nem conto de fada,
muito menos zum-zum-zum,
que dos outros parte para me partir.

Viajar ao sul no deserto
estando absoluto e certo
de não querer norte.

Dia que olho ao redor, orbito, canso,
escrevo elipse, mas não danço,
nada além de desarmonia,
o humano, a mania
de falar e falar e falar e falar...

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