20 de junho de 2016
Sob o partir, para uma rosa que se desespera
Nebulosa e esclarecedora, com sua foice
leva aos poucos os herdeiros deste mundo,
sob passos vagarosos, como se fosse
o caminhar mais sereno e mais profundo.
Nos apresenta, sob forma de inexistência
o vazio de ser tão somente um ser humano,
e ao que chamamos de alma, essência,
assim se torna tosco e profano.
Vem, sem pressa ou com ela, vem
e sabe-se lá de que modo ou quando
pronta para saborear o outro alguém.
Vem, e aos vivos deixa o pranto.
Para alguns, salvação, vida eterna.
Para outros, o fim realmente,
não-mais-ser, acalanto.
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