1 de fevereiro de 2017

Divagar, devagar, dose de café, por favor!



Sujeito estranho
andando com gente estranha
numa cidade estranha
com sotaque estranho
com estupidez estranha
com inteligência estranha
com despreocupação estranha
com romance estranho
escrevendo poema estranho
para leitores ainda mais estranhos

porque os outros são normais
normais demais, normais da norma
e para seres estranhos, a norma
causa estranheza;
bendita seja a natureza

do estranho
que não estranha
gente estranha.

Paciência, meu velho leitor,
esses putos que dizem ter culhões
não conhecem os passos sincronicamente perturbados
de quem vive de divagações. 


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