1 de abril de 2017

Poema urbano, ou, a história do maracujá

 (Alerta: poesia ruim, sem sentido)

Aí, tu compra um quilo de maracujá.

Ai, desse quilo, tu retira o líquido,
já na vontade de tomar um suco dus bons.

Ai, desse líquido, depois de bater no liquidificador
tu tira a semente.

Ai tu se pergunta "porra, o que faço com essa semente?"
ai tu desiste, tu joga na terra,
já sabendo que ali não vai nascer maracujá
já vai é nascer capim, no solo fértil.

Ai, desse líquido, concentrado: tu e o suco
tu observa

e fica ali, só observando,
naquele insight estranho

"porra, de um quilo de maracujá
sobra só um mísero copo, concentrado,
que raio".

Ai vem sujeito sorrindo
abre a geladeira, e vê que tem na jarra de um litro
algo em torno de 200 ml de suco de maracujá
que tu deixou ali pra gelar, pra tomar concentrado: tu e o suco.

Ai sujeito, aproveitando que ninguém tá vendo
taca água
taca açúcar
taca gelo

e te oferece suco de maracujá!

"Pããããããta que o pariu!!!!"
como diz um companheiro aí

Pããããããta que o pariu!!!!

e da história do suco de maracujá
vem a insônia
de saber que todo esse processo
que poderia terminar
na apreciação de um copo concentrado
de suco de maracujá, sem açúcar, sem água,

termina com a felicidade alheia


aí tu pega uma cerveja, que está gelada,
dá uma relaxada, e vai jogar xadrez.

Amém.

 

Um comentário:

  1. Pois é, o que mais tem hoje em dia é gente diluindo, adocicando, desfigurando nossos esforços.
    E um viva à cerveja!!!

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