Poema escrito por Igor José, o terceiro aqui no Blog:
No princípio
Tinha o vácuo
O espaço anterior ao onde
O momento antes da transformação
É o silêncio
Que é mais que silêncio
Na fria aurora dos tempos
Mas, havia dois seres
Bem solitários
E como todos sabem
A solidão pode destruir.
Um dos seres era as Trevas
Sua forma era a vastidão de nada
Não possuía luz e nem informação
O outro era o Tempo
Sua forma dependia do observador
Ele era de todas as idades
E de nenhuma.
Tais seres se apaixonaram
E dessa paixão
Brotou o amor
E logo depois, filhos,
7 para ser mais exato
Uma cidade foi criada
Para a família viver
Chama-se Cidade de Prata
Mas ocorreu uma briga
Entre irmãos, algo normal
Que se tornou uma Guerra
A primeira de todas
Tudo ardia em chamas
Como estrelas
Os Caídos, vencidos...
Que Inferno!
Os Vencedores
Assumiram responsabilidades
Que não cabe a mim dizer
O Casal Fundador
Trevas e Tempo
Decidiram-se separar
Se divorciar
Após os acontecimentos.
Então houve um grito
Um grito de dor
A dor de um parto
Dor que deu a luz
Ao vácuo
E uma rachadura apareceu
Assim foi o parto do Universo
Como o conhecemos.
A história possui
Várias curvas e bifurcações
Para contar essa história
Eu simplesmente virei a esquerda
Já que sou canhoto
E para contrariar os mais religiosos.
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