7 de julho de 2015

Nem tudo nasça

Nem tudo nasça
para ser tempo
para ser algo
para ser alguém.

Nem tudo morra
sem seu tempo
sem seu traço
seu sem jeito de ser.

Nem tudo
seja de todo nada
nem nada
seja de todo mundo,
as vezes
o que realmente importa
ninguém observa.

As vezes está na cara
o que se procura
em vagas trevas.

Aliás, o que não está na cara,
no óbvio ridículo?
Coisa de humano
caçar quadrado
onde só há círculo.

Nem tudo nasça
para ser feito
pedra.

Nem tudo morra
sendo sempre
a mesma
merda.

Quem acha que não deve mudar
que deve se ser sempre o mesmo,
não faz ideia da falta que faz
caminhar sem rumo, a esmo.

Como já dizem,
pé no chão
com a cabeça na Lua.
É sempre melhor
beijar as estrelas
olhando onde pisa na rua.

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