Poema
de carne e osso,
na
margem, beirando a estrada,
curto
e grosso,
não
queria saber de nada.
Talvez
foi escrito
ao
meio-dia,
quase
como grito
que
a palavra ardia.
Não
era nada bonito,
vivia
meio
abscôndito,
do
leitor, totalmente alheio.
Mas
sem dúvida, entendo-o,
o
coitado era bastante lido,
mas
o autor, desconhecido.
Tantos
e tantos cidadãos,
e
ele se perguntava
onde
estavam as mãos
que
até pouco ele estava?
Se
perguntava sempre
qual
seria o propósito
se
o próprio viver era insólito?
Indagava,
mas tinha certeza
que
a vida dos versos era curta,
a
folha gloriosa da primavera
tem
seu verão, mas o que a espera
é o
fim rigoroso do outono e inverno.
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