Pássaro de asa aberta
para demonstrar a graça do teu voo,
veja bem se me escuta
na janela que a vida nos oferece.
E veja bem se, ao voar, não me esquece
apesar de não ter tantos motivos para ser recordado.
Pássaro, que deixei na minha gaiola
enquanto cantávamos o hino da liberdade,
mas tampouco eu era livre,
afinal, alguém nessa prisão ousaria cantarolar
independência e autonomia?
Pássaro. Pássaro do meu passado,
bom para ti, não me ter
ao lado.
Bom para os ventos e olhares
da selva humana.
Ficou muito bom. Esse seu poema me lembrou a letra de uma música do Eduardo Dusek (conhece), que fez mais sucesso com canções irreverentes e debochadas, mas que também mata a pau nas românticas. Se quiser ver a letra e escutar :
ResponderExcluirhttps://letras.mus.br/eduardo-dusek/237410/
Lendo a letra agora realmente faz lembrar.
ResponderExcluirDe muito bom gosto a música, azarão!