13 de janeiro de 2016

Essa raça definida (4)

Se sou assim, não faço por mal, é o destino
nessa folha de caderno virtual, não sou menino
mas tampouco adulto o suficiente para querer ser
tampouco adulto o suficiente para crescer.

Se sou assim, e te irrita, tome cuidado
não estou fazendo nada de propósito,
estou apenas sendo eu, sendo errado,
evitando rimar a todo momento com tuas palavras.

Essa raça definida, algo muito distinto
da tremenda maioria que perde tempo lendo jornais.

Um gole de café e de vinho tinto
para te animar cairia bem. Para nos animar, talvez.

Pois meu bem, tu és séria demais,
não percebe, ninguém está nem ai,
ninguém dá a mínima para o que dizemos
nem para o que pensamos, tampouco para o que queremos,
eles querem rir da tentativa ridícula de se passar por normal.

Não somos assim e nunca seremos.
Tolo o raro que tem medo de ser.
Tolo o homem que chora por não saber rir.
Tolo o homem que é quem nunca será
e que nunca será quem realmente é.

Tolos. Nós
todos. E todos os nós
dessa raça indefinida.

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