Estrelas. Elas que tão belas, encanto silencioso,
mostram que nós somos um monte de nada
sem luz, sem alma, sem sentido algum, que
sem querer aconteceu. Por acontecer.
Estrelas, que fico horas observando e desenhando
na mente seus movimentos diários e constantes.
Sei que é a Terra que se move, não necessita me corrigir.
Para a poesia é mais belo dizer que os movimentos são delas,
e o poeta sempre foi de se enganar.
Estrelas. Nenhuma na Gaia. No balaio humano
somente barro e mentiras. Estrelas são eternas.
E meu eterno se limita ao meu existir.
Estrelas são poesias cintilantes desde milhões de anos.
Estrelas são poetas que morreram e não sabem calar.
Estrelas são enfeites natalinos para quem tem os pés no chão.
Estrelas são o que bem quisermos, nós, lunáticos,
pés nas nuvens.
Estrelas, cada uma com a graça, provavelmente não viverei
o tempo de uma só estrela. Meus olhos
estarão com elas algum dia. Meus olhos desprezam as luzes
artificiais. Estrelas, estrelas.
Com tantos prédios e casas
queria um campo vago
para vê-las.
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