7 de janeiro de 2016

Tempo para o tempo

Hoje o dia pareceu mais azul, blues novo,
dispersando a rotineira neblina da alma,
e foi gracioso, o riso estava lá, contente
e sem medos. Os olhos, sem mistérios ou segredos,
puramente reais e verdadeiros, se tornaram
estrelas e poesias.

Hoje o dia sem dúvida estava poético
apesar de não ter sido rima, foi obra completa,
obra que as palavras não sabem dizer,
mas foi tão simples, tão leve, tão autêntico,
como tem que ser, sem muita ladainha,
o assunto direto na mesa.

Hoje o dia foi sopro na gaita, acordes imperfeitos
em perfeita sintonia.

Hoje o dia despertou com café
e morrerá com graça
na curva da Lua,
isso porque fiquei na praça
jogando conversa fora
direto na rua.

Hoje o dia, quente e calmo,
fidelíssima; foi um grande dia
dia de ócio, risos e poesia,
coisas tão simples,
que adulto nenhum entende mais.

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