26 de agosto de 2015

A rosa que não mais do povo

A rosa que ninguém viu
que passou despercebida
secou, secou, secou o rio
secou o ramo da vida;
chorou e sozinho chorou
o ancião acostumado com o sabiá,
que os outros não sabiam, não notavam,
mas sempre esteve por lá.

A rosa que deu lugar
ao capim. Selvagem capim,
agora a rosa morreu
e com ela o ancião,
no laudo médico não constava
mas sei que se esvaiu
por "falta de poesia
nesse indomável coração".

Há quem nasça todos os dias
com a natureza.
Há quem morra cada vez mais
porque a natureza também morre.

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