20 de agosto de 2015

O ciclo da vida

Aquele bafo de café logo cedo
as remelas nos olhos semi-abertos
os postes brilhando
como se não houvessem estrelas.

Ouço. A queda do jornal,
ecoando livremente e secamente ao chão
as notícias semi-iguais
daquele ontem que quase
não mais.

Os colunistas e escritores
ruminam o mesmo contorno,
faço o mesmo em torno
de outras palavras e horrores.

Nem TV ligada nem
celular na minha frente
a essa hora da madrugada
sou andarilho, indigente.

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