Ah! Que Cupido infeliz seja
por tua eterna alegria
metamorfoseada em tristeza!
Que suas preces pereçam no âmago da solidão,
magoaste com tua flecha, meu desolado coração!
Trazei Ceres e Afrodite
recusarei firme tuas risadas.
Dai-me as ninfas dos campos
e serei pior que Erisichton!
Oh poderoso Pã!
Me abençoai com vossa loucura,
Dai-me a mente sã
nunca anestesiada pelos amores
enraizada somente da cura
de ser um homem comum.
Seguindo sempre a constelação de Baco
hei de erguer-me e navegar tranquilamente
esse navio, essa nau, esse barco.
Ah! Como queria não ter tido asas
e, egoísta, voar risonho todos os dias,
no ápice cair, tombo mortal.
Mas, sequer tive Dédalo para aconselhar-me,
não tive Atlas para manter-me convicto,
não, apenas Eros e seu ego juvenil.
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