19 de agosto de 2015

Como canta a poesia II

Como canta a poesia
inebria meu pensamento
com fatos que não existem.

Toda realidade é tosca
repito que é tosca e surreal
tosca tão tosca tão chula.

Fetiches humanos por toda parte
por toda arte, todo Sartre e Kierkegaard,
o desespero consome a alma
que questiono a existência.

Como canta a poesia
nada é. Tudo parece ser.
Por isso tanta virtualidade,
tanto anonimato, tanto heroísmo!

Como canta a poesia
trovando sozinha seus ideais
ideias demais, ai e ais.

Somos todos loucos!
A loucura é comum,
se natural não sei dizer.

Sei que sendo o que somos
ou forjando a realidade
como canta a poesia
a terra há de comer.

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