O insensível
Eis minha arte moderna:
palavra, pentelho,
revira, dor, baderna.
Tirando da cartola
o belo coelho
algum crítico
por certo
ou reescreve o místico
aplaudindo a inovação,
ou questiona
o seco deserto
de minha imaginação.
Eis assim a arte moderna
obra sem nenhum sentido
sem braço, corpo, perna,
nessa semiótica
vazia e neurótica.
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