12 de setembro de 2016
Título, não sei qual
O ponto final não deveria existir
na poesia.
É mera formalidade dos poetas
para com os leitores.
Não há um fim, há um ciclo.
As vezes lastimável e denso
de espinhos crueis, das rosas miragens.
O ponto final veio da vida.
E isso aqui, meu bem, acaba.
Ainda bem que acaba, ainda
que alguns insistem em dizer
que daqui se vai para outra melhor
ou pior.
Isso é tudo. Depois, como escuto
numa canção do Lenine,
é só carbono. E as dúvidas se vão,
nessa certeza desesperadora
para alguns
e reconfortante para poucos,
seguindo o tal
ponto final
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