13 de dezembro de 2016

Margens e poemas


Marginal?
Se é a margem
que não me respeita
afinal.

Imagina
se cada um
na margem
margina.

Essa coisa de margem
essa coisa de linha
escrever é só viagem
a margem poeta definha.

Marginal.
Ainda me diz?
Se escrever
na margem
me deixa infeliz
por que escreveria?

Eu seria escravo,
mero fantoche, deboche, espantalho,
viveria na cova que não cavo
e seria só um deus frustrado, falho.

Me reinventar todo dia
fingindo amor que não devia
isso seria suicídio, chuva de canivete.
Prefiro sete anos agradáveis
que do contrário setenta e sete.

Do contrário
seria cavalo de corrida
que louco dispara buscando ser campeão.
Perdendo a vida.
Não sirvo pra isso não
prefiro ser aquele
fora do páreo. 

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