Encarar um poema, é coisa que não se faça
Coisa que não se deve ou deva, coisa rara
Ir contra a própria vontade, é querer desgraça
Para si. Esfolar no asfalto a própria cara.
Não encare um poema,
Ainda que ele te encare.
Não é teu o problema
E se encarando estiver, pare.
Encarar um poema, se poemas são inofensivos.
São pedras jogadas ao vento.
Poema são versos mortos, se preocupe com os vivos.
Poema é coisa sem muito sentido, que utilidade
vê o poeta em escrever o que ninguém se importa?
Que utilidade vê o leitor em ler o que não importa?
Oras, somos todos vagos. E isso merece um poema.
Ou vários.
Ai se vê a utilidade da inutilidade, dádiva humana, mortal.
Mas não encare um poema, não pense sobre ele.
O poema não é responsabilidade do escritor.
O poema é responsabilidade e culpa de quem lê.
É dilema de quem no poema vê valor.
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