Do desejo de beijar tua boca de arrancar
tua roupa de te possuir e ser possuído pelos
teus desejos e desenhos, de tua arte abstrata de teu sorriso
doce e com sofreguidão impaciente e ávida. Ah, tua voracidade não
me deixa pontuar direito este poema sem jeito e sem pausa pois assim
é que me delicio em teu labirinto e me perco e me acho e me perco versando, pausa.
Do desejo jamais tão desejado,
lento, forte, enigma, demorado,
só te quero e te quero ao lado
mas não do lado de lá, onde os outros estão,
te quero nua, crua, na minha e na sua atração.
E num haicai tudo isso se comprime, exprime, que rime
ou não, mas que seja versado e conversado,
vem
e vai (vamos)
além.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente. Sempre é conveniente.