Os poetas também morrem.
Mas morrem de forma diferente.
Se vão, mas não se dissolvem.
Se dissolvem na boca da gente.
Outro poeta eterno parte.
Parte dessa para a arte.
Parte dessa para sabe se lá.
Pro Nada, Deus, Sucellus, Alá.
Alá! Olha o poeta ali.
Dentro daquele poema
Dentro daquele dilema
O qual outro dia li.
Mas, como Gullar já bem dizia,
no seu "Extravio", na poesia:
"Estou desfeito nas nuvens:
vejo do alto a cidade
e em cada esquina um menino,
que sou eu mesmo, a chamar-me".
Os poetas também morrem
Alguns exigem o fim
Outros, imortais,
partem assim.
Belo poema e bela homenagem.
ResponderExcluirAgradeço o elogio, como andas?
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