16 de dezembro de 2015

Manifesto do desencanto II

Sobre teu amor
as palavras cantaram
uma, duas, três, mil vezes
se não me engano.

E, sei bem o valor,
dos versos que ficaram
uma, duas, três, mil vezes
no meu sentir profano.

As madrugadas sonharam
sonhos que o dia levou,
mas alguns versos ficaram
para o pássaro, que longe
longe, longe de ti, voou.

Ledo engano crer no sempre
crer na imortalidade da rima.
Toda vez dito, que me lembre,
acaba sendo fim, não obra-prima.

Sobre teu amor
grato estou e estive,
senti que sentir por si só
não basta,

e eis que estás livre

teu canto é do vento
teu riso do solo,
e eis aqui meu lamento,
como J.L.B.,
solo y conmigo...
 
 

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