Parado, em algum ponto de algum lugar
fixo na inexistência. Reflexão dessa breve
e eterna vida, que quero cada vez mais
e quero cada vez menos.
Angústia? Não. Apenas uma lasca misantrópica
que me atravessa os sentidos enquanto
sorrindo abraço o mundo e lhe digo:
"venha cá, querido, pois te quero bem".
Parado. E todos giram ao meu redor,
corpos que, não sei bem dizer, atravessam
datas e nomes sem o mínimo de dignidade,
em busca desse amanhã melhor.
Mas hoje não querem sair do sofá,
do comodismo utópico de seus versos.
Angústia? Não. Apenas uma pedra misantrópica
que chuto em frente
para Drummond reclamar verso
após verso.
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