Meu
bem, me dê mais um pouco de Soma, uma dose
Dessa
aspirina que os poetas jamais inventariam.
Meu
bem, será possível estarmos mesmo sobre hipnose
Algum
tempo me pergunto como os selvagens seriam.
Meu
bem, ponto zero de percepção desse termo que nos cerca
E,
no entanto, para cada amor um sofrimento maior ainda.
Meu
bem, será que essa frieza realmente nos seca
Quando
os selvagens choram dor aguda que não finda.
Meu
bem, tudo tão estranho, eu Alfa, você Beta,
E
os outros não nos deixam ser quem realmente somos.
Tem
vezes que o mundo dos selvagens acerta
Em
dizer que nosso mundo é cruel e que nunca passaremos
De
cópias idênticas. DNA, RNA, Síntese e Cromossomos.
Meu
bem, que nunca minha, qual o mundo real:
Aquele
em que os versos são falsificados em busca da estética
Perfeita,
ou, aquele em que não importa a rima
Tampouco
as palavras simplórias, mas sim a essência,
Que
para nós já nada diz?
Oh,
o que foi que fiz?
Duvidei!
E a dúvida para nós, alfas, será sempre uma vergonha.
E
vergonha é erro.
Meu
bem, mais uma dose de soma
E
o delírio fugirá de nossos corpos.
Para mim, uma dose dupla, meu amigo.
ResponderExcluirCada um tem seu "soma". Dose dupla, claro.
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