7 de outubro de 2015

Construtivismo entre as aspas da poesia

Ergue-se com tijolo o muro
e tudo se torna concreto,
o poeta crê ser obscuro
e toma um caminho incerto:

destrói todo o tijolo
com seu poderoso martelo
diz ser ouro de tolo
coisa que fere o real elo;
poetas trabalhando na construção
essa obra (-prima seria?)
há de virar poesia
não há de sair do chão.

Poetas fazem muito do pouco
não querem, se rejeitam,
se recusam a fazerem a parte,
aceitam felizes a arte
dessa prosa, dessa água de coco,
desse empreendimento, novo negócio:
fazer do construtivismo, ócio.

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