2 de outubro de 2015

Galeão. O destemido remido (1)


Passo despercebido
por toda multidão,
sou pouco conhecido
não chamo a atenção,

quem olha não se interessa
não tem tempo para notar,
os outros se banham na pressa
não sabem contemplar.

Já algumas mulheres
sentem-se atraídas:
peça-me o que quiseres
não me deixe saídas,

apenas não queira
compromissos e comunhão,
não será a vida inteira:
prazer. Sou Galeão.

Perambulo pelas camas
pelos livros e tragédias,
não insistas que te amas
não sou de fazer médias,

vivo em absoluto
na solidão da viola,
a vida é pois o luto
e só ela me consola,

sou só e sozinho
não quero união,
sou somente Galeão,
nem flor nem espinho.

Não busco dinheiro
não busco enigma,
o meu paradigma
é viver por inteiro.

A partir de hoje o Blog passará a ter um personagem fixo. Seu nome: Galeão. Algumas crônicas virão, poesias também. Provavelmente curtas histórias em capítulos serão publicadas. Mais detalhes sobre o personagem serão descritos posteriormente. Um pormenor deixo: Galeão em parte é sujeito real, sua outra parte é por demais inventada. Aliás, todas as pessoas verídicas são inventadas.
No momento, apenas uma poesia sobre o protagonista, sobre essa nova celebridade irrelevante. Observação: estará em primeira pessoa, por ser Galeão o narrador.

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