Passo despercebido
por toda multidão,
sou pouco conhecido
não chamo a atenção,
quem olha não se interessa
não tem tempo para notar,
os outros se banham na pressa
não sabem contemplar.
Já algumas mulheres
sentem-se atraídas:
peça-me o que quiseres
não me deixe saídas,
apenas não queira
compromissos e comunhão,
não será a vida inteira:
prazer. Sou Galeão.
Perambulo pelas camas
pelos livros e tragédias,
não insistas que te amas
não sou de fazer médias,
vivo em absoluto
na solidão da viola,
a vida é pois o luto
e só ela me consola,
sou só e sozinho
não quero união,
sou somente Galeão,
nem flor nem espinho.
Não busco dinheiro
não busco enigma,
o meu paradigma
é viver por inteiro.
No momento, apenas uma poesia sobre o protagonista, sobre essa nova celebridade irrelevante. Observação: estará em primeira pessoa, por ser Galeão o narrador.
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