Para cada luz, várias sombras
nevoeiro que ainda não se dispersa
poesia de mil páginas que tergiversa,
a cada tragada poética, muitas lombras,
salobras, salmos de sobras, obras
sal de cobras, rimas até que sobras
tu, na página ou na margem,
no que fica de canto, subliminar no nevoeiro
eis que novos silêncios falam o inteiro
ou, como de costume
apenas finge bem acender o lume.
Infortúnio. Verso funesto
e versando devoro o resto,
assim, assassino e
assino o manifesto,
com outro verso modesto.
Infortúnio dos poetas, para escrever
para tomar café, para amar, para
sentir e rir, vida, para algo mais
presto?
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente. Sempre é conveniente.