Vomitando os estranhos me torno comum
seguro de que todos serão e são unidade
seguro de não ter sobrado nenhum
impuro e imbecil que evita a verdade.
Vomitando os costumes alheios e obscuros
faço minha dócil e feliz sociedade
que se sente livre atrás dos muros
livrando-a de seus defeitos, e da realidade.
Vomitando os podres, pobres e marginais,
consigo meu feitio antropoêmico:
fazer de todos, seres loucos mas normais
que menosprezem a vida, o poético.
Vomitando, destruição criativa,
das tradições locais e características
consigo com que a vida me sirva
de consumismo e desigualdades rítmicas.
(Vomitando; vomitando os intragáveis
ao canto de Lévi-Strauss,
recrio o Mal estar da pós-modernidade
aos olhos de Freud e de Rousseau,
Cegai-me! Cegai-me! Beck e Foucault,
me desespero sem saber quem sou).
História da loucura.
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